O termo identidade visual refere-se a conjunto de elementos formais que caracteriza uma marca, empresa, produto, etc. No meio automotivo, este tem sido um tema cada vez mais recorrente em lançamentos e avaliações de novos modelos.
Porém, o que também é recorrente é o exagero de certas marcas em realçar de tal forma esta identidade ao ponto de ter uma linha inteira de produtos praticamente sem diferenciação visual.
A identidade visual tem que ser aplicada de forma sutil, de forma que ao olharmos para um modelo, este nos remeta à identidade da marca e não à identidade do modelo ao lado, que tem proposta e preço totalmente diferentes. Quando isso acontece, o efeito é exatamente o oposto: a falta de identidade. Será que você não percebeu isso, dona Volkswagen?

Na dianteira, e como não poderia deixar de ser, o destaque vai para a grade triangular, que desta vez incorpora a entrada de ar frontal e os faróis.
O trabalho feito com os vidros, tanto no teto como na lateral, é simplesmente espantoso. Agora imagine um galho podre caindo de uma árvore e estourando o vidro no teto. Com certeza, seria mais barato comprar um Uno Mille Way Economy Fire Flex 2010/11 do que substituir o tal vidro.
A traseira é um caso a parte, parecendo um Transformer em pleno processo de mutação. Porém, olhando com carinho, percebe-se a riqueza de detalhes e o charme das lanternas de led ou a logo cortada ao meio, além das 4 saídas de escape. Pra resumir, e no que depender do design, a Alfa continua em boas mãos!
Como a primeira foto que eu vi foi da traseira, logo pensei que, a despeito de lembrar muito os SUVs da Volvo, a Nissan até que tinha acertado a mão.
Essa impressão foi totalmente desfeita quando eu vi a cara do bicho.
Como dizem que não existem carros feios para aqueles que olham com paciência, resolvi me atentar para os detalhes, e depois de algum tempo pude perceber que me deparava com mais um carro com cara de bunda, nesse caso uma mutação no mínimo bizarra.
Melhor que isso, só tirando todos os patrocínios e cruzando a linha de chegada em primeiro com o Massa lá dentro!

O destaque negativo, em minha opinião, vai para o excesso de semelhança da dianteira com o novo Sorento. É interessante para a marca ter uma identidade visual, mas parece que o designer desenhou essa frente com um papel manteiga em cima da imagem do Sorento, ainda que no Sportage o resultado tenha sido melhor.
Como o importante é o que importa, toda evolução é bem-vinda!